Relatório Mensal de Gestão
Prumo Holdings FIA
No mês | -5,94%
No ano | +17,54%
O fundo fechou o mês com uma desvalorização de -5,94%, enquanto o índice Ibovespa apresentou uma queda de -4,17%.
Nos Estados Unidos, o FED manteve a taxa de juros inalterada na faixa de 4,25% a 4,5%. Foi a quinta decisão seguida de manutenção da taxa, o que já era esperado pelo mercado. Além disso, parte dos investidores espera que os cortes de juros comecem em setembro, expectativa que foi reforçada com os dados mais fracos de emprego divulgados recentemente. A postura cautelosa do FED se deve a incertezas relacionadas ao impacto defasado do aumento das tarifas sobre a inflação americana. Outro fato que chamou atenção foi que pela primeira vez desde 1993, houve mais de um membro do comitê votando contra a decisão da maioria, o que mostra que o sentimento de cautela não foi unânime e que as discussões para iniciar os cortes de juros se intensificaram.
Com relação ao trade war, os Estados Unidos e a China concordaram em buscar a extensão de uma trégua tarifária de 90 dias. O déficit comercial dos Estados Unidos com a China atingiu em junho seu menor nível em mais de 21 anos, indicando queda significativa das importações chinesas. Já a Europa fechou um acordo com os Estados Unidos estabelecendo uma tarifa de 15% sobre produtos como carros, fármacos e semicondutores, com a contrapartida da União Europeia realizar investimentos nos EUA (USD 600bi) e efetuar compras adicionais no setor de energia e defesa. Por sua vez, o Japão anunciou um acordo bilateral com os Estados Unidos para reduzir tarifas sobre produtos japoneses para 15% com uma contrapartida de 550 bilhões em investimentos nos Estados Unidos. As notícias positivas sobre os acordos levaram a alta das bolsas.
Com relação ao trade war, o Brasil, que até então não estava sendo diretamente afetado, foi taxado pelo Estados Unidos numa alíquota de 50% sobre alguns produtos brasileiros. Essa medida gerou quedas na bolsa brasileira, mas que foram parcialmente contida por duas notícias: a divulgação de uma lista com exceções (deixando de fora itens como aviões, minérios e suco de laranja) e o adiamento do início das medidas comerciais.
Ainda no Brasil, o COPOM decidiu pela manutenção da taxa Selic em 15% conforme esperado. O boletim Focus, ajudado por um câmbio mais favorável e pelas expectativas de desaceleração da economia, mostrou uma projeção em queda da inflação em 2025 pela décima semana consecutiva. Dessa forma, é possível imaginar que o BC possa iniciar os cortes na taxa de juros nos próximos meses.
No portfolio, continuamos investidos em empresas de qualidade, diversificados e atentos a novas oportunidades que possam surgir.
Os principais setores detratores foram: serviços, infraestrutura, consumo não cíclico e saúde.
Obrigado pela confiança
