Prumo Capital FIA BDR Nível I – Relatório mensal Julho 2024

Relatório Mensal de Gestão

Prumo Ações FIA
No mês | +3,61%
No ano | +0,20%

O fundo fechou o mês com uma valorização de +3,61%, enquanto o índice Ibovespa apresentou alta de +3,02%.

Nos Estados Unidos o tema político tomou o foco dos investidores com o atentado sofrido pelo candidato à presidência Donald Trump e a desistência de Biden como candidato. Imediatamente após o atentado de Trump, mas antes ainda da desistência de Biden, o mercado antecipou uma possível vitória de Trump e isso se refletiu no mercado acionário americano com a rotação de investimentos de empresas tech para empresas de valor. Outro importante destaque do mês foi a reunião do FOMC indicando a possibilidade de estarmos cada vez mais próximos do primeiro corte de juros nos Estados Unidos. A sequência de dados mais positivos relacionados a inflação e dados mais fracos de atividade econômica nos Estados Unidos, permitiram um discurso no sentido de que um corte de juros poderia estar próximo (setembro). O mercado já precifica como possível três cortes até o final deste ano. Há um receio de que a economia esteja perdendo força mais rápido que o imaginado.

No Brasil, após uma onda de discursos negativos por parte do presidente Lula sobre o lado fiscal, o governo se viu pressionado a mudar o tom e reconhecer que precisavam enviar uma mensagem mais responsável para o mercado na tentativa de segurar o dólar. A equipe econômica do governo anunciou um corte em despesas obrigatórias de R$ 25,9 bilhões no orçamento 2025 após reunião com presidente Lula. Alguns desses cortes do orçamento de 2025 poderiam ser antecipados de acordo com o que a receita federal, tesouro e secretaria de orçamento federal apresentem como necessidade de bloqueio. Além disso, o Governo anunciou no mês uma contenção de R$ 15,5 bilhões no orçamento 2024 para cumprir as regras do arcabouço fiscal. Mesmo com essa medida, a expectativa do governo é de um rombo de R$ 28,8 bilhões no orçamento deste ano, dentro do limite inferior da meta, portanto.

Apesar das medidas anunciadas, o mercado continua cético com relação às projeções do governo, conforme mostram a curva de juros e o dólar em elevado patamar. O grosso do ajuste necessário para que o Brasil tenha um fiscal responsável e sustentável terá que passar em algum momento por cortes em gastos da educação, saúde e previdência, que são pontos difíceis de serem endereçados por esse governo. O governo comprou tempo com esses anúncios, mas cedo ou tarde terá que enfrentar a situação fiscal.

Após atingir um low, a bolsa local apresentou valorização em cima de um nível de valuation muito descontado. Apesar do mercado ter sido de certa forma leniente com o anúncio tímido de cortes de gastos, o mercado entendeu que o governo estabeleceu algum tipo de limite e reagirá para evitar um total descontrole macro no Brasil. Mesmo com essa recuperação parcial da bolsa, ainda vemos os níveis de valuation muito interessantes em empresas de qualidade. No geral, as empresas estão com balanços sólidos. As empresas que possuímos no portfolio estão apresentando bons resultados e algumas histórias apresentam oportunidades bastante atraentes em seus setores de atuação. Continuamos com uma carteira de qualidade e diversificada entre diferentes setores.

No mês, os destaques positivos ficaram com os papéis dos setores de utilidade pública, serviços financeiros, consumo cíclico e indústria. Já dentre os setores com retornos negativos, destacamos o setor de imob + shoppings, tecnologia e consumo não cíclico.

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