Relatório Mensal de Gestão
Prumo Ações FIA
No mês | -7,86%
No ano | -1,02%
O fundo fechou o mês com uma desvalorização de -7,86%, enquanto o índice Ibovespa apresentou queda de -2,94%.
O mês de outubro foi desafiador para os mercados globais. Em um contexto internacional extremamente complexo, os principais índices de ações dos EUA também sofreram desvalorizações significativas (S&P: -2,20%; Nasdaq: -2,78%). No final do mês, houve um aumento na volatilidade, já que os investidores estavam ansiosos para prever a decisão do Federal Reserve em relação à taxa de juros em 1º de novembro. Enquanto a inflação demonstra estabilidade, o mercado de trabalho ainda se mantém resiliente, o que cria desafios para o Fed na condução da política monetária. Além disso, os resultados mistos do terceiro trimestre das grandes empresas de tecnologia trouxeram instabilidade ao mercado de ações. A Amazon superou as expectativas com um aumento de 13% na receita em relação ao mesmo período do ano passado, mas a Meta e o Google reportaram resultados abaixo do esperado em suas áreas de publicidade e serviços em nuvem, respectivamente, o que resultou em quedas acentuadas em suas ações. As ações da Alphabet registraram sua maior queda desde março de 2020 após a divulgação dos resultados.
No cenário geopolítico, o início do conflito entre Israel e o Hamas teve um impacto significativo, abalando os mercados financeiros globais, com quedas nas bolsas de valores, desvalorização do shekel israelense e aumentos nos preços do petróleo. Além disso, a continuidade do conflito entre Rússia e Ucrânia, juntamente com as crescentes tensões entre os Estados Unidos e a China, são fatores de preocupação para os investidores. O momento atual é um dos mais perigosos das últimas décadas, e as tensões políticas internacionais tendem a causar efeitos negativos de curto prazo nos mercados de capitais.
No Brasil, as ações foram impactadas pelo cenário internacional complexo, o que levou a uma tendência de desvalorização. As declarações do Presidente Lula, indicando que o déficit em 2024 “não precisa ser zero” e que uma “meta realista” seria de 0,25% a 0,50% do PIB, geraram uma reação negativa no mercado. Isso vai contra o discurso da equipe econômica, que estava trabalhando para aumentar a confiança na capacidade do governo de atingir a meta de zerar o déficit no próximo ano. A declaração de Lula reforçou as preocupações do mercado quanto à responsabilidade fiscal do governo federal, prejudicando as ações domésticas devido a expectativas de lucros menores em um cenário macroeconômico mais desafiador.
Compreendemos que o momento atual é de grande complexidade, e a aversão ao risco crescente afeta os mercados financeiros globais. Nesse contexto, a bolsa de valores voltou a oferecer oportunidades de investimento atraentes, devido aos níveis de valuation muito descontados em que muitas ações se encontram. Mantemos nossa estratégia com o objetivo de capturar retornos excepcionais que têm surgido na conjuntura atual, permanecendo atentos aos diversos fatores de risco que podem impactar nossos investimentos em meio a um cenário global tão complexo.
No mês, o destaque positivo foi consumo não cíclico. Os principais detratores de retorno foram: saúde, transporte e infraestrutura.
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